Friday, June 26, 2009

Aeroporto

Mal posso esperar pela minha próxima visita ao Aeroporto. Sempre achei que as pessoas que trabalham nos aeroportos tinham que ser pessoas felizes. A disneylândia ainda não passeou como deve ser por um aeroporto decente, se não não se autoproclamaria (uau palavra engrçada) "The Happiest place on Earth".
Sejam quais forem as razões que nos levam a passar pelo aeroporto, estes são sempre lugares agrdaveis (pelo menos os principais). Há sempre tempo para comer qualquer coisinha, mesmo que se gaste mais uns trocos ninguém se preocupa muito porque se está num lugar que mais ou menos não existe. O passo dos viajantes é geralmente eficiente mas ao mesmo tempo relaxado e há no ar uma promessa de qualquer coisa boa que há-de acontecer. Mesmo para os viajantes com algum traquejo há sempre um nervosinho na barriga, muitas coisas para pensar e um sentimento levemente parecido com a véspera de Natal da infância.
É uma espécie de limbo, a estadia no Aeroporto. Um lugar de passagem onde se pode comprar perfumes caros, caixinhas fofas de maquilhagem de marca, muitos chocolates suiços e todos os productos normalmente taxados porque fazem pior à saúde, como o alcool e o tabaco, estão sempre mais baratos, como se nos piscassem o olho a dizer " pronto vá lá aqui não faz mal".
Mais do que isso, há sempre coisas para ver num Aeroporto, as montras, as pessoas que passam de todas as nacionalidades e mais algumas, o ar sempre bem arranjado (inveja!) das hospedeiras que parecem acabadas de sair do cabeleireiro , os aviões que vão aterrando... emfim toda uma panóplia de coisas para nos entretermos.
É por tudo isto que eu, mesmo com 13h de vôo e às vezes com outras tantas de escalas, gosto de viajar. Não é só pelo destino em si, mas mesmo fazendo isto desde os 6 meses, pelo ritual todo que isso implica. Tudo vale a pena quando depois de todas estas provas, se chega ao destino e, seja ele qual for, há uma cara conhecida à nossa espera.

Tuesday, June 23, 2009

London in the Summer Time...

Assim diz um verso dos Red Hot. A razão pela qual o verão Londrino chama tanta atenção é simples, é um evento raro que dura pouco tempo. A cidade enche-se de vida, e os Londrinos ficam felizes por mostrar que também sabem aproveitar o bom tempo. Há gelados, ar-condicionados nos restaurantes e nas estações de comboios anuncia-se que no tempo quente é melhor trazer sempre uma garrafa de água e chapeu. Note-se que isto é aos 19 graus, mal posso esperar pelos 20 e tal.
Para nós, Londrinos emprestados que viemos de lugares baratuxos, não podemos gozar Londres no seu explendor: os bares chiques com cocktails estranhos, os muitos restaurantes famosos de todas as nacionalidades e os conhecidos Musicais são claramente para outras bolças. Mesmo assim ainda há os passeios pelas muitas montras de Oxford Street, o ocasional concerto de Jazz que o namorado nos oferece e, claro está, uma refeição completa no McDonald's por 3.79£.

Wednesday, June 10, 2009

Encruzilhadas

Há uns quantos momentos na vida que nos definem. As escolhas que fazemos em 5 minutos, se seguimos em frente ou viramos à direita, podem mudar todo o nosso mundo. Na grande maioria das vezes não podemos saber que estamos a fazer uma escolha importante, o acidente que temos ou a pessoa que conhecemos no café são fruto de uma sequência de acontecimentos que não podemos planear. Outras vezes está tudo nas nossas mãos, a escolha cai terrivelmente na nossa responsabilidade e o destino não tem nada a ver com o assunto. Nestas alturas é quando escolher o caminho da encruzilhada se torna complicado. Meio às apalpadelas é isso que nos pedem, dizem-nos frases feitas do tipo "conhece-te a ti próprio", dão-nos uma merenda para a viagem e o resto é connosco.
Aqui, sentada no meio de uma encruzinhada gigante, lembro-me da ângustia existêcialista de que fiz tanta troça, nada nos traz mais correntes que a liberdade da escolha.